22 fevereiro, 2010

Que assim seja


Uma hora as coisas mudam, mais cedo ou mais tarde, esperando ou não, querendo ou resistindo... Simplesmente mudam. Uma hora a gente percebe que determinado caminho é, na verdade, uma espécie de estacionamento. Onde a gente, por um tempo, descansa, mas uma hora, como agora, se cansa. Não se trata de rejeitar o que passou, mas guardá-lo num lugar devido, muito especial, valioso para que se chegasse a esse momento. Não se pode renegar o que se viveu, todos deveriam saber, esquecer assim, como se não tivesse acontecido - ou, pior, tivesse sido ruim. Tudo, dizem, tem seus dois lados. Cabe a nós esse discernimento. E eu, como sei, sempre teimando em ver o lado bom até do lado ruim... O resultado é que eu mesma me engano... Isso não é novidade... Mas juro, estou aprendendo a ser mais "aguçada", para a preservação da minha espécie, que é a tua, que é o outro, e merece essa claridade. E se as coisas mudam é porque mais claras se tornam. As reais necessidades, o percurso da existência, a continuidade da evolução. O sentimento mais puro. Um resgate da essência. Que tudo o que ficou siga alimentando a história. E o que virá, seja bem-vindo.

"Vou imprimir novos rumos
Ao barco agitado que foi minha vida
Fiz minhas velas ao mar
Disse adeus sem chorar
E estou de partida
Todos os anos vividos
São portos perdidos que eu deixo pra trás
Quero viver diferente
Que a sorte da gente
É a gente que faz"

Novos rumos - Paulinho da Viola

3 comentários:

Weidell disse...

Há um sentimento tão maior em suas palavras, daqueles que só são sentidos e escritos por quem reserva um tempo pensando nas mais importantes lições que as mais simples manifestações provocam. Mais uma vez, parabéns!

Unknown disse...

Linda reflexão, amiga! Adoro seus textos. Devia escrever mais...
Beijos

Anônimo disse...

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