08 fevereiro, 2010

do novo ao velho, do rock ao carnaval


Ontem, me dei conta de que não se deve boicotar a vida, nem por um segundo. Parece óbvio. É. Mas às vezes... acontece. E acontece também de o óbvio te dar um soco, de repente, na mais singela situação. Ninguém percebe, ou quase ninguém. Mas a ficha cai. Entre amigos novos, por exemplo, pessoas que já admiro, me peguei tímida, com uma máquina na bolsa e sem coragem de tirá-la para registrar momentos e imagens que eu não gostaria que esvaíssem da minha memória pouco confiável. Era aniversário de um deles, na verdade, a véspera do aniversário. E eu lhe dei um sincero parabéns pelo último dia em que ele teria 26 anos nessa vida. E, de repente, o soco. Ele nunca mais vai ter 26 anos. Nem eu um domingo como aquele. Assim como eu não sabia se teria outra chance de fotografá-los tocando, assim, entre amigos, sorrisos largos, irmandade, conexão visível e invisível. Assim como ninguém sabe o que vai acontecer amanhã, logo mais, no futuro próximo ou longínquo. A vida é intensa, sempre, mas só se quisermos. Em todo e cada sentido. E os sentidos, dessa forma, ficam mais aguçados. O sentimentos, mais puros. Queria muito ter ficado lá... O rock me alimenta o espírito nesta cidade. E novos amigos me emocionam, ensinam, inspiram. Mas eu precisava seguir em frente para rever outros, estes de décadas, encerrar o domingo contando e filosofando os intensos acontecimentos recentes da vida, e ouvindo, recebendo, doando ouvidos, olhos... atenção. Pronto. Feito? Não... Quase em casa, o som dos tambores me sequestrou mais uma vez! Não, não eram os maracatus das ladeiras de Olinda, mas o samba da União da Vila!!! Aqui não é Pernambuco, mas é a minha casa. E sou grata por isso.





... que cada dia de seus 27 anos sejam intensos e verdadeiros. Parabéns pela vida (e amigos) que tem.

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