05 janeiro, 2007

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Perco o rumo, o prumo, o tempo quando páro e penso, e logo dispenso o pensamento que me leva além do horizonte, tão longe, sem fonte, com pouca sorte e morde, mesmo assim, meu pensamento. Brinca de esconde, assusta, atiça, até sonha babando na fronha, mas não inventa, se emenda, se toca e acorda pois há mais que um oceano a separar os continentes. Serpentes que se enroscam, envenenam-se e repelem o próprio espelho. Vermelho. O sinal não abre e a oportunidade passa a pé. Vira a esquina para nunca mais. Tanto faz, induzo o pensar. A pedra que lanço do forte ao mar é o amor que poderia ter sido e não será. Ainda não sei se morreu pois não afundou. É muito leve. Flutua. Sensível e persistente. Ausente e solitária. Pedra segue e nem sabe que sofre em vão. Tão à deriva quanto meu pensamento. Sem rumo, nem prumo (...). Afundo, finalmente.

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